30.3.09

f5

escrever deitada deve ser um prazer inigualável. duas coisas muito boas de serem feitas - deitar e escrever- aliadas são melhores que uma só por vez. digo isso porque finalmente tenho meu próprio computador, meu, só meu, pessoal e intransferível. vale dizer que tenho uma dívida enorme a pagar, então, caros coleguinhas, não me peçam dinheiro emprestado.

com o advento entregue, me propus a desempacotá-lo, ligá-lo, fazer configurações aqui e ali, enfim, deixá-lo decentemente configurado para meus hábitos informáticos. veio, de fábrica, o sistema operacional ruindows vista. sistema burro e passivo. irritante ao extremo. dá paus absurdos para uma máquina com três gigabytes de memória ram. além de a interface dele ser um tanto quanto cretina e alguns programas incluídos serem estúpidos e inúteis. o vista é burro. burro demais. quiseram deixá-lo high tech, todo bonitinho pra vender mais, quando, fazendo isso, só é ocupado mais espaço de armazenamento da máquina. duh. maldita inclusão digital!

quanto à fabrica que me vendeu o tal advento informático, não tenho reclamação alguma. deram o prazo de entrega para o computador ser fabricado nos moldes que eu pedi para o dia primeiro, foi entregue no dia 27 desse mês. nas especificações corretas, sem erro algum, com um segurança presente no ato da entrega. grande empresa essa, conquistou minha confiança.

tirando o fato do sistema operacional ser o vista, não há reclamações. tenho me divertido bastante ao bricar com esse brinquedo novo. ainda não vi tudo que veio de brinde instalado na máquina, mas alguma hora eu vejo e deleto pra caber mais arquivos inúteis legais.

por conta disso, os fins de semana têm sido de vacas magras. sem dinheiro pra fazer nada além de comprar cigarro e tomar uma coca cola com gelo (e só porque o gelo é de graça) e, apesar disso, os fins de semana têm sido deveras proveitosos e divertidos. boas companhias, gente nova, coisas diferentes, poucas horas de sono... está sendo muito legal.

pois, bem, querido leitor, espero que não o tenha feito perder muito tempo da sua nobre vida ao ler isso. em alguns dias teremos mais alguns contos.


p.s. ultimo adendo sobre o vista, mudou tudo, menos o bloco de notas. continua simples e funcional, como todo e qualquer programa deveria ser.

25.3.09

rei mierdas

nasci com uma maldição! ela age em tudo que eu toco, em tudo que eu quero, em todos que eu prezo... se virasse ouro, estaria tudo bem, mas vira merda. não a merda literal, como a fábula do rei midas, mas dá praticamente na mesma, já que não tem como fugir dela.

você pode até pensar que eu estou sendo super enfático e dramático, mas não, vou lhe contar minha história para que você possa entender a dimensão da merda. tudo começou antes da minha concepção. nasci de uma broxada. agora você se pergunta, como assim nasceu de uma broxada? pois é, meu amigo, nasci de uma broxada. e foi por isso que meu pai largou minha mãe na rua comigo sendo formado na barriga dela. é que ele percebeu que ele broxou, mas alguém completou o "serviço". minha mãe não ficou sem casa, mas logo ao me conceber já deu merda: perdeu o marido, a dignidade e a vida confortável que ela levava.

no dia do meu nascimento também deu merda. minha mãe estava sem dinheiro algum, não tinha carro e chamou a ambulância. demorou quase uma hora para ela chegar, quando os paramédicos finalmente chegaram, a colocaram na maca e foram muito rápido para o hospital, como é a minha vida, não deu tempo. nasci na ambulância mesmo, mas a merda fatal foi que escorreguei da mão do paramédico que estava me segurando numa curva que foi feita muito rapidamente. eu ainda estava todo melecado e escorregadio, minha mãe falou que eu deslizei até a porta da ambulância como um pedaço de salmão cru melecado com lubrificante anal escorregando pelo chão de um restaurante japonês porque alguém não sabia usar hashi.

meu primeiro aniversário também deu merda. na hora do parabéns, a inteligentíssima pessoa que minha mãe é começou a pular comigo no colo dela embalada pela música e me deixou cair de cara no bolo com a vela acesa. queimei a testa, tenho a cicatriz até hoje. na verdade, é melhor que eu pare de falar de aniversários, tenho lembranças muito ruins com eles.

a primeira vez que fui andar de bicicleta sem as rodinhas de apoio, imagina a merda que deu? minha mãe, meus primos, todos lá me incentivando, me enchi de coragem e fui. estava na rua de terra que ficava em frente à minha casa, dei impulso, pedalei, tudo parecia ir bem, até que uma pedra apareceu no meio do caminho, perdi o controle da bicicleta e caí de cara num montinho de esterco que alguém ia usar de adubo, tinha chovido, imagina que beleza, esterco molhado. caí de cara na merda. essas coisas só acontecem comigo.

não que não aconteçam merdas nas vidas alheias, mas comigo é sempre. só mostrei alguns casos da infância, mas a medida que eu fui crescendo, as coisas foram piorando. não sei o que eu fiz pra merecer a vida que eu tenho, me incomoda muito o fato de eu ser tão azarado assim. não se pode nem chamar de azar, é quase como um midas mesmo. já tentei me matar, mas deu merda, e eu prefiro nem comentar isso aqui... só sei que não procuro mais ajuda desde que o consultório da psicóloga pegou fogo após minha primeira sessão e que a senhora que ia me benzer morreu de ataque cardíaco fulminante quando ela começou a tentar tirar as "coisas ruins" de mim. sinto culpa por isso todos os dias.

minha primeira transa não foi. é, não foi porque puxei ao meu pai e broxei. às vezes o rosto e o semblante de desapontamento da menina aparece quando estou no escuro. fiquei realmente atordoado com isso. só consegui fazer as coisas funcionarem direito depois de ajuda profissional. e digo que não foi fácil e que também deu merda. ela fez um preço no começo, depois que viu o trabalho que deu, ela aumentou o preço e levou meu relógio como garantia que eu pagaria o resto. pelo menos foi um dinheiro bem gasto.

meu primeiro emprego também deu merda. trabalhava numa metalúrgica, uma máquina ficou louca e engoliu meu dedo médio. engoliu, assim, sem mais nem menos. minha mão esquerda é estranha por causa disso. isso limitou muito minha capacidade para empregos, nunca pude ser digitador, sempre perdia para os outros candidatos. mas meus empregos sempre foram ruins, sempre deu merda.

vou parar por aqui, minha vida só dá merda mesmo, vou parar de lhe contar sobre a ela antes que dê merda de novo. daí você vai achar super chato, o papel vai pegar fogo, vai que o mundo acaba... não é à toa que todos que são corajosos de conviver comigo me chamam de rei "mierdas".

23.3.09

sobre meus contos:

não costumo colocar finais felizes para as personagens que crio, não sei dar final feliz para alguém. finais felizes não fazem parte da vida humana escrever algum final feliz é negar que a situação possa ter acontecido. tudo bem que é ficção, mas vá lá... todo mundo feliz no final é coisa de novela.

finais felizes são entediantes. todo mundo gosta de ver/ler/assistir finais felizes porque dá uma pontinha de esperança que eles possam vir a acontecer com quem vê. eles não acontecem, são totalmente fictícios. como assim só o vilão se ferra? não dá. todo mundo, sem excessão alguma, se ferra alguma vez na vida. eu relato esse tipo de situação.

minhas personagens de contos não têm finais felizes. estou guardando o final feliz para o livro, eu não quero fazer obra de arte, quero ganhar dinheiro.
portanto, gastarei toda minha capacidade de deixar personagens felizes na hora de ganhar dinheiro. então, querido leitor, desculpe-me pela minha incapacidade solene de prover uma pontadinha de esperança na sua vida.

20.3.09

citação do dia:

"enquanto eu tiver mão e pornografia, não preciso de ninguém."



por mim mesma, acho que todos deveriam pensar assim.

18.3.09

a carta

"queria ser importante, sabe? não um importante geral e tal, mas importante para você. queria que você me desse valor, que você visse o quanto eu sou certa para você. queria que parasse de frescura por aí, você sabe o que você quer, para que ficar com bixisse para assumir as coisas? eu faria qualquer coisa por você, e talvez seja isso que acabe com as minhas chances, você gosta de ser pisado, e eu não sei pisar nas pessoas, não sei ser egoísta, sou exatamente o oposto de tudo que você gosta. não sou bonita, não sou extremamente fútil, não tenho talento para ser sacana... por que me interessei por você, para começar a história? e por que eu estou escrevendo essa carta, já que eu nunca vou lhe entregá-la, muito menos falar sobre isso com você? aliás, não sei se vou mais falar com você, cansei dessa situação, de você estar em cima do muro e não fazer nada porque tem medo que possa se prejudicar.

por mais que eu quisesse e ainda queira fazer parte da sua vida, ser quem você quer ver todos os dias, ser a última coisa que você pensa ao adormecer, de algum jeito isso parece extremamente surreal, fora da realidade e extremamente sonhador. não tenho mais treze anos nem nunca cheguei a ser apaixonada de verdade por você, mas a sua falta de coragem só me demonstrou o quanto você ainda não está maduro e pronto para um relacionamento decente, um no qual tenha respeito mútuo acima de tudo. definitivamente, alguém que não tem coragem não está pronto para esse tipo de coisa. o que eu me pergunto é o porquê de ter me interessado por você se você só tem a ganhar, eu a ensiná-lo sem ganhar quase nada além da sua companhia para dormir. não é uma equação muito boa, pelo menos para mim, sabe?

sério, você é otário e burro por não perceber isso: o velho e seguro não é tão seguro assim, na verdade, não é seguro de forma alguma e você sabe disso. por que ficar fazendo isso, então? tudo isso é medo de arriscar? definitivamente você não está pronto para mim, enquanto eu já estou mais que pronta para você. não vou lhe esperar, tenho mais o que fazer, já passei da fase de acreditar em algo que não vai acontecer."

ela segurava essa carta na mão enquanto atravessava a rua desatenta. um carro, vindo em direção ao semáforo que estava fechado não conseguiu frear a tempo e a atingiu. não foi nada de grave, só a derrubou no chão como quando se tropeça, mas a carta saiu voando de sua mão. ela levantou, o motorista saiu do carro, todos viram que estava tudo bem e seguiram suas vidas. logo depois de chegar à calçada no outro lado da rua, ela se lembrou da carta que segurara nas mãos, como ela não tinha pretensão alguma de entregá-la, deixou estar.

uma meia horda depois, uma adolescente com tênis de skatista, calças largas, regata masculina e boné achou a carta. a leu e pensou que tais palavras provinham de uma mulher trintona, de tpm e no inferno astral. mas ela resolveu guardá-la, aliás, não é todo dia que se encontra uma carta com uma letra tão bonita e despretensiosa.

alguns anos depois ela se deparou com aquela letra novamente, mas a letra estava em uma carta de amor de sua namorada para ela. ela não acreditou muito quando viu pela primeira vez e, logo ao chegar em casa, resolveu procurar a carta para comparar as letras. era a mesma letra bonita e despretensiosa da carta que ela encontrara na calçada anos atrás. ficou um tanto encabulada com a situação e resolveu falar com sua namorada para perguntar o que havia acontecido, já que essa pergunta sempre martelava sua cabeça quando se deparava com a carta.

na próxima vez que viu sua namorada, ela lhe estendeu a mão com um papel que parecia não ter sido muito bem cuidado ao longo dos anos e disse "acho que isso pertence a você, achei há alguns anos no meio da rua.", a namorada pegou o papel e ficou extremamente surpresa por olhar para aquela carta novamente, não sabia o que dizer, não teve reação alguma, ficou simplesmente estática. vendo a reação que sua namorada teve, ela falou para ela "sabe, eu sempre quis saber quem a pessoa que escreveu essa carta era. pensava que era uma trintona com tmp e mal amada, sabe? mas agora consigo entender a magnitude do que você quis dizer com essa carta e lhe admiro mais ainda por isso.".

elas ficaram juntas por bastante tempo, até um dia que ela estava atravessando a rua olhando fixamente para sua namorada parada do outro lado da rua e foi atropelada e morreu na hora. a namorada seguiu a vida, escrevendo cartas para todas as pessoas, algumas vezes até as deixando pela rua, no chão mesmo, para ver se ela conseguia que o acaso ou a sorte grande a fortunasse novamente.

13.3.09

o cara

ele era um daqueles caras da elite, sabe? elite financeira, elite cultural, elite intelectual, entendia de tudo um pouco, ou melhor, de tudo um muito. o cara era super cheio de si, tinha um emprego de bosta, há de se convir, mas ele se achava o tal.

a parte elitista financeira vinha de seus pais, sim, ele tinha quase trinta anos e morava com os pais. sempre que conseguia alguma menininha para comer, a levava pra um motel barato e pagava só por três horas, depois a deixava em casa e ia para a casa dos pais dele, isso quando conseguia pegar o carro da mãe emprestado...

a parte elitista cultural provinha de seus pais também, eles mostraram para o cara os melhores autores, filósofos, pensantes europeus, russos, americanos e hindus. o cara leu mas nem achou tudo isso, para ele aqueles caras eram uns loucos que não tinham mais o que fazer, mas continuava os lendo só para dizer que lia hemingway, nitsche, wilde, dostoiéviski e outros autores renomados pela parte culturete da sociedade. afinal o cara precisava citar que conhecia obras deles para ser aceito pelas outras pessoas que também faziam parte da elite cultural, porque esse povinho é muito fechado, se você não leu irmãos karamazov nem o anticristo você não pode entrar para o clube. e ele queria fazer parte do clube, só para se mostrar mesmo. só para falar que conhecia, depois ele procurava por opiniões formadas de leitores que liam os livros com alguma intenção real e as plagiava na maior.

a parte elitista intelectual foi sorte mesmo. ele tinha uma predisposição exacerbada para as ciências lógicas, mas ser matemático, ou físico, ou contador, ou engenheiro não é cool, então ele tentava ser filósofo, tentava ser pensador, tentava ser cultural, tentava entender o filme alemão, quando, na verdade, o que ele gostava mesmo era de rambo e exterminador do futuro, mas exterminador do futuro II, porque os efeitos especiais são super bacanas. gostava de explosão e barulho em filmes, talvez seja por isso que nunca realmente entendeu nem achou graça no woody allen. mas não se pode negar que o cara era inteligente. não era a pessoa mais inteligente do mundo ou da cena cultural, mas era até espertinho.

então o cara ia vivendo assim, trabalhando num emprego de bosta que não requeria tanta capacidade intelectual que até um primata poderia realizar sem maiores problemas, só para pagar as bebidas destiladas meio caras que ele tinha tanto orgulho em beber sem misturar nada, para pagar o cigarro que ele fumava só para parecer inteligente e com conteúdo e para pagar a gasolina do carro que ele pegava emprestado da mãe aos fins de semana.

o cara era uma fraude. ele sabia que era uma fraude e fazia de tudo para escondê-lo. ele fingia que entendia muito sobre muitas coisas, ele fingia que entendia os filmes que assistia e os livros que lia, por fingir tanto, quando estava com pessoas que realmente entendiam daqueles assuntos ele ficava meio quieto e, quando indagado, dizia estar introspectivo pensando na imensidão do pensamento humano sobre determinado assunto. só falava sobre as coisas culturetes com pessoas que não eram culturetes, porque estas o consideravam uma pessoa de respeito e de intelectualidade tamanha. quando discutiam sobre política ele dizia que não gostava de falar sobre isso porque todas as discussões eram sempre iguais.

mas o cara era temente a deus. família tradicional católica, com mãe e avó católicas fervorosas. foi batizado, crismado, coroinha e toda essa putaria da igreja. ele não era lá muito católico e tinha a consciência pesada por isso, no dia do julgamento final, deus iria listar as vezes que ele transou com camisinha e as vezes que foi sacana com outros. ele acreditava piamente nisso e temia esse dia como uma virgem teme a primeira transa com o namorado pintudo.

mas o cara conseguiu o que ele queria, tinha o cabelinho da moda, usava óculos só pra parecer inteligente, era aceito pelas outras pessoas culturetes de fachada e se contentava com isso. o cara dizia que ainda faria algo tão imenso que seria mais vanguarda do que a cena modernista da década de vinte.

o cara era vazio, ele só fazia essas coisas porque ele achava as pessoas intelectualóides bonitas e com conteúdo e queria ser igual. ele só falava as cosias que ele falava porque ele achava que as pessoas intelectualóides achariam legal e ele só usava as roupas que ele usava porque se ele usasse calças lee e camiseta da hering ele seria desprezado pelos amigos dele.

um dia, depois de anos de viver desse jeito sem maiores contratempos, chegou outro cara que desmascarou o cara, assim, meio sem querer. o cara ficou sem chão, se trancou no quarto por muitos fins de semanas, só saía para trabalhar porque ele tinha certeza que não conseguiria outro emprego se fosse dar um ataque de estrelismo mimado e seu pai cortaria a mesada se ficasse desempregado. e ficar sem dinheiro, sem conteúdo e sem amigos era demais para o cara.

ficou velho e herdou a fortuna do pai e da mãe mortos de velhice. agora o cara era cinquentão, assistia muita pornografia, ficava semanas sem se barbear e passava os dias de cuecas e meias brancas. suas únicas companhias eram a empregada da casa que cuidava para que o cara não morresse de fome e algumas acompanhantes que ele pagava um tanto caro para que fossem à sua casa. vale dizer que o cara gastava uma pequena fortuna em viagra, que ele carinhosamente chamava de ecstasy.

o cara morreu um dia desses, uma acompanhante das mais safadas o sufocou com o travesseiro quando ele roncava a altos brados depois de uma rapidinha de dez minutos e logo depois roubou todo o dinheiro do cofre, aparelhos eletrônicos e jóias da mãe finada. a acompanhante disse depois que foi o dinheiro que ela havia conseguido de forma mais fácil, ela disse que o pau do cara era tão pequeno que ela nem sentiu nada, já que ela era um tanto rodada na praça.

o que aconteceu no julgamento final?
nem o cara sabe na verdade, e olha que ele era o cara.

10/04/07

hoje teve consulta com o doutor sabe tudo. ele falou que eu sou depressiva. grande merda, quem não é depressivo na minha idade não é normal. ele falou com a minha mãe também, falou que a origem da minha depressão é a escola. ela disse que só vai esperar terminar o ano pra que eu mude de escola e ainda deixou que eu escolhesse qual escola eu vou estudar! =D

ela parou de teimar tanto comigo, isso é bom. só que eu não posso deixar de ser depressiva senão ela volta a ser louca, retardada e chata de novo. mas eu acho que vou ter que tomar algum remédio, saco, vou fingir que tomo e vender pros idiotas mais velhos tomarem com álcool e ficarem doidões. hahaha

tenho falado bastante com o joão, ele é legal. não falei direito do joão aqui, ele tem quinze anos, gosta das mesmas coisas que eu e é bem bonitinho! isso é mais que o suficiente pra alguém na minha idade, né? acho que vou escolher o mesmo colégio que ele estuda, é relativamente perto da minha casa, é só eu me manter meio depressiva que eu consigo isso da minha mãe.

nunca falei do meu pai aqui porque ele é meio ausente. não que eu não o veja jamais, mas nunca conversei com ele, ele praticamente não me conhece, deixa tudo pra minha mãe fazer, conversar e tal. ele só trabalha.

acho que vou adotar um bicho de estimação, o doutor sabe tudo falou que seria bom pra mim, minha mãe tá realmente cogitando a idéia. acho que estou começando a me dar bem com essa história do doutor sabe tudo, viu? ele sabe que o meu maior problema é a minha mãe, mas talvez ele nem falou isso pra ela. mas que ela tá menos chata e implicante, ela tá.

vou dormir que eu tô com sono e amanhã tem excursão pro instituto butantã, haja saco.

monte de nada

to na pegada de escrever hoje. se pá algo "querido diário" mesmo. acho que finalmente achei um enredo decente para escrever o livro. ainda preciso melhorar muitas coisas no estilo literário e na parte psicológica das personagens, mas já dá pra ir montando a ideia. tomara que vire.


eu ia fazer um post sobre sexta feira treze. aí fui dar uma googlada no assunto, achei a história tão sem graça que perdí a vontade. hahaha eu tava na iminência de escrever algo mais proveitoso do que algo no estilo "querido diário", mas um amigo escroto pode fazer qualquer um broxar. mas eu diria que não há desculpa melhor para parar de falar com alguém no msn do que falar que vai cagar. hahaha

vou alí procurar inspiração para algum conto, já volto.


p.s. caio fernando abreu é MUITO foda. alovose que indicou e passou o arquivo, obrigada.

9.3.09

indignação

ESTE TEXTO É UM SPOILER PARA QUEM ASSISTE L WORD E AINDA NÃO VIU O EPISÓDIO FINAL. você foi avisado.



tá, eu juro que eu acho hiper clichet alguém fazer um post no blog só para falar do fim de um seriado, mas não tá dando.


que fim bizarramente estranho. e aí, quem matou a jenny? ou a jenny é sequelada o suficiente pra se matar sozinha? o que foi a nikki aparecendo do nada? o que foi a bete falando pra jenny que ela faria qualquer coisa para protejer a família dela? o que foi a shane descobrindo todas as coisas que a jenny escondeu no sótão e mostrando pra tina depois? o que foi a alice se prestando a perdoá-la? o que foi a helena descobrindo que a dylan sabia do lance lá por causa da jenny? puta sacanagem não ter resposta pra isso.

parafraseando a helena:

jenny fuckin' schekter!
/djeni fâkin xéctá/!
(porque é necessário manter aquele sotaque tesudo.)

8.3.09

eu sei, não se preocupe.

n. da e.: leia como se fosse uma pessoa falando um conselho e tentando ajudar.

eu não tenho problemas em esperar, eu aprendi a ser paciente.
não tenho problemas em dividir, minha mãe me ensinou quando eu era criança
não tenho problemas para entender pessoas, meu trabalho me ensinou isso.
também não tenho problemas para endender situações, já passei por isso e sei como funciona.

o fato é que eu te entendo. talvez eu até saiba o que você pensa. eu sei dos seus medos e traumas. passei pelas mesmas coisas. eu sei que você quer se afastar e sei que talvez seja só por mim. e isso é bonito, mostra que você não é filha da puta.
sabe, eu deveria falar isso pra você diretamente, mas talvez você leia, então fica mais legal e eu não quero te assustar falando isso diretamente para você. a única coisa que eu queria falar diretamente é para não se preocupar, faça o que tiver vontade, sempre. você vai conseguir superar, do mesmo jeito que eu já consegui. e eu te digo uma coisa a mais, se tivesse alguém para me apoiar que se interessasse por mim teria sido mais fácil. então, fica a dica.

eu te entendo, sei o pelo que você está passando, mas não precisa me afastar da sua vida, você não vai me magoar. eu posso ser só sua amiga.

4.3.09

o episódio da catraca e da cobradora gentil

olha para o relógio, está atrasada. dá sinal para o primeiro micro-ônibus que passa, entra, vê da catraca para o fundo tão lotado que nem uma mosca caberia naquele espaço. vira para a cobradora e fala:

- moça, posso descer pela frente? só vou até alí naquele lugar.

a cobradora olha para o fundo do ônibus, faz uma cara de triste, afinal, ela compartilha da pobreza e falta de conforto daquelas pessoas e daquela pessoinha alí, naquele lugar um pouco mais espaçoso, pedindo a ela encarecidamente para não ter que passar por aquele calvário. a cobradora replica:

- não sei não, eles tão dando multa sempre, se tiver fiscal lá, me ferro, agora só deficiente e idoso pode (sic) descer pela frente.

a pessoinha que estava na frente faz uma cara de triste e diz:

- ah, se você quiser, eu posso mancar...

aí, a cobradora olha para o fundo mais uma vez e fala:

- tá, gira a catraca aí....


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JURO que isso aconteceu comigo essa semana.



mas eu não manquei não.

1.3.09

dois de março

se dia dois de março tivesse chegado mês passado, eu faria um post só pra ele. mas o dia dois de março não chegaria em fevereiro em hipótese alguma. agora o dia dois de março não importa mais, virou só mais um dia qualquer. e eu estou bem satisfeita com ele virando mais um dia normal. mas o mês de março jamais será um mês qualquer. tudo acontece em março, sempre, há anos.

foi um ano um tanto intenso. foi tudo muito intenso, legal e dolorido, mas valeu a experiência e hoje eu acho que faria tudo de novo. quase me aposentei, quase fui pra fila dos desistentes. mas eu sou brasileira e não desisto nunca.

ele não faz mais muito sentido agora, quase certeza que eu superei. devo um agradecimento às pessoas que me ajudaram a superar. isso é o que eu chamo de amizade.

agora é sentar e ver o que o mês de março desse ano tá guardando pra mim. para o bem ou para o mal, vai ser legal e divertido, qualquer que seja o fim dele e as consequências lá para maio.